Chegou à conclusão de que jamais conseguirá escrever algo importante e resolveu contentar-se com certas quinquilharias, com esses berloques literários que a internet divulga como se fossem ouro. Montou um blog e há um mês escreve diariamente pelo menos cinco pequenas frases, graciosas como brincos. Está aturdido. Todo dia lhe chegam centenas de mensagens que o comparam a Tchekhov e a Maupassant, e o que lhe parecia fácil se transformou em um tormento. Cada uma dessas peças de artesanato, dessas joias de falso brilho compostas por no máximo vinte palavras, lhe toma duas horas, em média.
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