(Para o meu querido Iano, que pelo tamanho de sua amizade poderia ter sido todos os meus amigos, se eu não tivesse mais nenhum.)
Nascemos para a morte
A brisa na cortina do quarto
na nossa primeira manhã
é a mesma que amanhã
no nosso último dia
um pouco mais fria
fará alguém no velório
se arrepiar
e pelas nossas pálpebras passará
para ver se estamos mesmo prontos
como estávamos
no nosso primeiro dia
na nossa primeira manhã
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