De manhã, nunca se esquece de arrancar os fios pretos da barba, para deixá-la imaculadamente branca, e a ajeita para que fique espetada. Professor de literatura em um colégio, tem uma aluna que, apaixonada por Hemingway, o acha parecido com ele e por essa semelhança lhe proporciona tépidas tardes de amor. Ele a ama também e sua felicidade seria irretocável, se de vez em quando não tivesse pesadelos nos quais a garota, repentinamente interessada em história, se apaixona por Dom Pedro II. Há no colégio um professor que é a cara do imperador e tem uma barba bem mais aristocrática que a de Hemingway.
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