Ninguém me procura mais. Minha caixa de mensagens tem saudade daqueles spams que se dispunham a me ensinar como ganhar nas loterias, como encontrar minha alma gêmea ou como encomendar o infalível perfume do amor. Quando eu usava o msn, aparecia às vezes, num cantinho, alguma Débora, de 32 anos, secretária, ou alguma Hilda, de 43, professora, oferecendo-me um bate-papo. Minha única correspondente no msn se foi, cancelei a conta no facebook, por não saber nem curtir, nem compartilhar nem comentar, e agora, olhando para o monitor vazio, tenho vontade de abrir a janela e gritar: "Eu não estou morto." Mas será que não estou? A solidão virtual é a peste do século.
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