Você me ensinou a linguagem do amor naquela manhã e foi embora. Fiquei com as palavras comigo, todas, não esqueci nenhuma. Durmo com elas, com elas acordo, e a cada minuto do dia elas me incitam a proferi-las. E como me dói calá-las, sufocá-las no peito. Continuarão acreditando essas vogais inquietas e essas ansiosas consoantes que somente soarão de novo esplêndidas se houver outra manhã como aquela, uma manhã em que o sol volte a brilhar sobre um cabelo de fogo e uma blusa xadrez?
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