Sua vida repentinamente estagnou, como se fosse uma peça de teatro à qual o autor, por ter adoecido ou por haver se encantado com outro tema, não dá sequência. Os dias passam, os meses, e, aflito, ele - já temendo que o destino, esperando que ele morra de velhice, jamais faça a trama avançar - todas as manhãs acorda tentando crer que aquele será o dia no qual o autor, finalmente recuperado, retomará a peça e o fará dar um passo, um que seja, para ele sentir se suas pernas ainda sabem o que é andar.
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