Na fruteira continuam as maçãs que subtraímos ao sol do meio-dia e trouxemos para dentro de casa. Tu as poupaste porque eram belas e querias pintá-las, e porque eram belas eu imaginei em versos louvá-las. Não as pintaste, não as louvei, chegou o crepúsculo e elas não estão mais tão rubras. Os lábios ainda palpitam ao vê-las e pedem às mãos que as apanhem, mas as mãos as evitam agora, por adivinhá-las frias, como o teu coração e o meu.
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