Não consigo te querer mal. Foi tanto afeto, ainda é. Às vezes tento. Te imagino caminhando pela Paulista, com o vento soprando versos de Mario Benedetti em teu ouvido e o sol percorrendo as casas de tua blusa xadrez. Vejo os homens te admirando e penso que bem podias escolher o pior deles e por ele seres iludida e magoada. Mas nunca vou adiante. Ataca-me uma culpa, uma aflição, uma vergonha, e - embora com despeito e comido pelo ciúme - acabo desejando que um desses homens possa ser aquele que te trará a felicidade que eu jamais pude te dar. E, na minha imaginação, te faço sorrir para ele que, às vezes, faço sorrir para ti também.
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