Entre a ternura e a paixão, quase sempre é à paixão que o amor se entrega. E ela o atormenta, o consome, o açoita, o flagela. Ela lhe impõe o ciúme, a insônia e a desconfiança, ela o destrói. No final, o que sobra do amor são as lembranças, as cartas, as mensagens, as fotos que a ternura, aquela velhinha de mãos trêmulas e voz débil, vai mostrando, tantos anos depois. A paixão não folheia álbuns, não percorre arquivos do computador, não tem lembranças. A paixão morre cedo, queimada pelo seu próprio fogo.
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