Odeia cada batida do seu coração, cada inspiração, cada expiração. Abomina cada passo que dá, dentro de casa, sempre dentro de casa, porque teme a luz do sol. Fecha-se, cerra todas as janelas, tapa as frestas, o vão das portas, e, como se fosse vítima de um suplício chinês, ouve, porque não pode impedir, a algazarra dos pássaros, cantando a alegria dos dias, e o burburinho da rua gritando que tudo está vivo, que desgraçadamente tudo, até ele, está vivo.
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