Não devia mandar-te poemas. Palavras se desfazem no ar, e as que parecem tão douradas quando as escrevo, e tão régias, chegam aí tão foscas e serviçais... E as de queixa chegam tão ridículas, e as de ira chegam tão mansas... Devia mandar-te um gato, que te afagasse e que afagasses, mas que soubesse também arranhar-te e rasgar teu sofá, quando merecesses.
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