Novembro foi ontem. Foste visitar teu amigo no hospital e ele estava surpreendentemente vivo. Tu foste gentil, lhe levaste presentes e lhe disseste que voltarias. Novembro foi ontem e por isso, decerto, ainda não voltaste. Hoje é agosto. Curioso como, em um dia, tantos meses se passaram. Teu amigo gastou com o olhar amoroso teus presentes, decorou os poemas do livro que lhe deste e, no entanto, não mais que um dia se passou, embora a ele tenham parecido duzentos, quase trezentos, e em cada um deles ele tenha esperado a porta do quarto se abrir, como naquela tarde, ontem, no hospital.
Nenhum comentário:
Postar um comentário