No sonho, ela é uma menininha pela qual passa na praia um bando de gaivotas buscando o horizonte. Ela pede à mãe um pãozinho que esfarela nas mãos e chama: "Gaivota, gaivota." Elas ouvem e voltam. Multiplicaram-se, agora são cem, duzentas, e atiram-se sobre as mãos dela e, depois de devorar o pão, começam a bicar avidamente seus dedos, seus braços, seu peito. Ela grita: "Mãe, me ajuda." Mas a mãe, transformada numa imensa gaivota, bica-lhe a boca, o nariz e os olhos, enquanto as outras gargalham malevolamente sobre as ondas, de novo rumando para o horizonte.
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