Eu fui aquele adolescente tolo que só na poesia encontrava significado para o mundo. Faltava-me a técnica, mas a minha voz berrava como a de um bezerro. O tempo correu. Sou hoje um velho escrevendo versos no sofá, como poderia estar resolvendo palavras cruzadas numa colônia de férias para aposentados. Não aprendi a técnica e minha voz hoje é o zumbido de um besouro apanhado numa teia de aranha.
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