Agora, quando cochila, sempre vê um veleiro pulando ondas mansas sob o olhar alegre do sol e dos banhistas. No melhor do sonho, porém, alguma enfermeira o acorda para lhe dar uma injeção e um comprimido. Ele resmunga, estende o braço e abre a boca, mas, assim que pode, volta a mergulhar na paisagem marinha. Um dia, quando vierem acordá-lo, não saberão se ele é o veleiro ou se é quem o faz flutuar sobre as ondas, se ele é as ondas ou alguma das gaivotas que voam para o horizonte e logo não poderão mais ser vistas por ninguém.
Nenhum comentário:
Postar um comentário