Houve uma tarde, um parque, uma árvore, um fruto. Foi ontem, anteontem, outrora. Talvez venha a haver outra tarde, outro parque, outra árvore. Outro fruto não quero. Aquele que não foi e jamais será colhido, aquele que o tempo comeu, ou que o vento levou, aquele único e inimitável fruto vive esplêndido em minha memória, que todo dia lhe acrescenta um tom de ouro, um toque de seda, um aroma cálido de mel e uma dessas perenidades que só os frutos não colhidos podem ter.
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