Ódio não é a palavra. É pouco. Não há como exprimir o que sente. A palavra precisaria ser concreta, cortante, feita de vidro moído, veneno e arame farpado. Às vezes, gostaria de não ter uma das pernas, de preferência a direita, sua melhor, para, no dia em que se vingar daquele homem, poder espancá-lo com a muleta, bastante, mas deixando-o vivo e com marcas, muitas, para que todos apontem o amaldiçoado, o asqueroso que se atreveu a bolinar sua amada e digam: "Olha lá, ó, foi aquele ali que apanhou do aleijado."
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