Toda manhã, como outrora, muito outrora, a vida nos acorda, nos levanta e nos leva, trôpegos, para o centro da arena. Ali ela nos fustiga, nos reanima, reacende nos nossos ossos cansados sua fagulha. Estamos surdos já, e cegos, não vemos o toureiro nem ouvimos a multidão, porém investimos com o que nos restou de orgulho. Mas o que tínhamos de touro em nós ficou em algum outro tempo, em alguma outra arena.
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