Sentava-se aqui nesta poltrona, onde eu me sento agora. Sinto a rigidez do couro. Quando ele estava vivo, seus braços me enlaçavam a cintura e seus beijos me bafejavam a nuca. Fazíamos isso sempre que podíamos e seríamos felizes se não fosse o medo de sermos surpreendidos pela mulher, que tinha o passo leve. Depois que ele morreu, ela pediu que eu continuasse trabalhando aqui, disse que eu sou de confiança. Sempre que posso, eu me sento nesta poltrona e finjo sentir os braços dele em mim. Às vezes, quando a mulher vai passar o dia com a irmã, eu me deito na cama, que ele e eu usamos, infelizmente não tanto quanto queríamos.
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