Na noite em que o menino pobre morreu, nenhuma nova estrela surgiu no céu suburbano e nenhum violino soou em tom de elegia. Na esquina, o bar lançava para a rua o som das bolas de bilhar se entrechocando. Na casa do morto, depois de meia hora de choro, a mãe e o pai, pensando que talvez pudessem enfim fazer um puxadinho no fundo, ouviam esperançosos um primo metido a advogado, que explicava como deveriam agir para receber do atropelador do menino a indenização do seguro.
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