Aos oitenta anos, já sabe muito bem o que quer. O prazer de suas manhãs é, sentado no banheiro, resolver palavras cruzadas. O do almoço é a eterna salada de alface, pepino e tomate. Reserva a tarde para a leitura. Pega sempre um dos catorze livros de que gostou - os únicos que mantém na estante, ao lado das trinta e duas revistas de palavras cruzadas que, entre tantas compradas em tantos anos, ele selecionou como as melhores, e que vai fazendo e refazendo, com seu lápis predileto e a borracha da sua época escolar.
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