O jornal estava úmido, mas ele o pegou e começou a desdobrá-lo. Estava na porta de uma farmácia e lhe pareceu um lugar tão bom para dormir quanto qualquer outro. Nas páginas centrais, apesar da luz fraca, ele poderia ler, se quisesse, o relato de uma tragédia com duas centenas de mortos na Indonésia. Mas ele as alisou e deitou-se em cima delas. Tirou do bolso o sanduíche que tinham acabado de lhe dar numa casa. Estava quase feliz.
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