Meticuloso, começou a escrever o bilhete de suicida uma semana antes. Acossado por questões gramaticais e de estilo, foi refazendo o texto, dia a dia. Quando chegou o momento que estabelecera, um sábado às nove da noite, releu pela centésima vez o bilhete e, insatisfeito, em vez de imprimi-lo e assiná-lo, o deletou. Em seguida, pegou o revólver na gaveta e, para se justificar, disse: "Vai sem bilhete mesmo."
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