Despetalar uma rosa, bem devagar, como se um vento muito jovem e muito tímido estivesse despetalando sua primeira flor. Esquentar uma água e ir colocando dentro dela, uma a uma, as pétalas. Deixá-las flutuar um pouco. Depois, retirá-las com cuidado, colocá-las na palma da mão, ir até a porta da rua e soprá-las, uma por vez, na direção da tua casa. E pedir-lhes que te digam como está sofrida minha alma e atormentado meu coração. Que cheguem ainda mornas a ti, para saberes que não se extraviaram e não foram fazer, a outra, declarações que cabem somente a ti.
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