No sonho és uma assassina. Tu me persegues, me atormentas, ameaças matar-me, em mensagens pelo micro e pelo celular. Não me deixas dormir, respirar. Cada minuto me parecerá sempre o instante derradeiro, e esse instante, enfim, chegará. Virás uma noite, com um vestido negro e longo, um colar de pérolas de três voltas e um revólver de prata. Atirarás em mim, sorrindo. E sorrindo te abaixarás para ver se morri. Mas isso é um pesadelo, alguém dirá. Não, é sonho. O que mais poderá ser quando disseeres ao meu ouvido moribundo "me perdoa, está bom, me perdoa"?
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