"Ah, poesia? Eu sei", disse a mulher. "Aquelas coisas bonitinhas, rimadas, né? Eu tenho uma porção aqui, de um rapaz que gostava de mim, imagine. Quase eu casei com ele. Morreu moço, coitado. Doido demais da conta." Ela abriu uma gaveta, enfiou a mão bem no fundo e jogou para o alto uma centena de papéis que, se fosse justo o mundo, deveriam voar como borboletas. Não voaram, porém.
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