Quando menino, esperava pelos parques de diversões, pelas quermesses juninas, pelos circos que, fugindo de credores, acabavam se instalando em algum terreno do bairro por uma semana ou duas, para conseguirem dar de comer aos homens e aos bichos estropiados. Hoje, velho e doente, espera pela morte e decepciona-se por lhe faltar o antigo entusiasmo. Sua espera é feita mais de paciência que de ansiedade e, se esfrega as mãos, é porque as sente frias, sempre.
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