Que outros te manuseiem agora, já não me importa. Que te folheiem com as mãos lambuzadas de manteiga, que te descolem as páginas com os dedos molhados de saliva, que te rabisquem, que anotem telefones na margem, ou endereços. Que te achem enfadonho, que te esqueçam em algum canto, ao lado de revistinhas de palavras cruzadas e folhetos de supermercado. Não me interessa mais o que te aconteça, embora possam dizer, talvez com razão, que na minha estante o teu lugar ainda não foi ocupado.
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