Guardei tuas duas fotos, o estojo, a agenda, os livros que me deste - o Roth, a Jutta, o Primo Levi, o Dalton, os poemas do Benedetti, os mais amorosos que alguém já escreveu -, guardei tuas ilustrações, tuas complexas e intrigantes singelezas, guardei um papel de presente, um cartão em que puseste com tua caneta dois traços verticais de modéstia sobre teu nome impresso. Guardei coisas assim, num lugar especial. Nos olhos guardei teu sorriso, tão ensolarado quanto o das fotos. São esses meus tesouros. De coisas poucas e miúdas é feita a riqueza dos afetos.
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