O amor há de ser como um tirano, cobrando atenção nos mil quatrocentos e quarenta minutos do dia, não abrindo mão de um segundo sequer, supliciando, submetendo, atormentando. Se essa parecer uma face cruel do amor, perguntem aos que a ela se entregam se desejam trocá-la por outra, mais amena. Eu lhes digo que o amor, como é habitualmente visto, não merece dar nome a esse despotismo que faz de cada amante um mártir satisfeito com seu martírio. Mudem o nome desse sentimento, chamem-no de paixão, êxtase, arrebatamento, loucura, e estarão mais perto da verdade.
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