Toda noite é assim. De longe vêm o vozerio, as canções, as gargalhadas. Vão se aproximando. Teu coração se alvoroça: quem sabe hoje. Mas sempre seguem adiante as vozes, as notas, os risos. Tu ficas só, sempre: quem sabe amanhã. Mas, no íntimo, tens a certeza de que, se um dia baterem à porta, não a abrirás.
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