De vez em quando, cansada de citar os prodigiosos jovens que fariam Rimbaud morrer de inveja, a mídia vai buscar em algum canto do Brasil um velhinho ou uma velhinha que ainda ouvem discos de setenta e oito rotações na vitrola semicentenária e escrevem versos. É uma ação quase sempre mais caritativa que literária. Estou esperando a minha vez, com meus versos escritos à mão no velho caderno espiral e Conceição na vitrola.
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