Existem mãos que pintam lagos, que erguem montanhas, que tão belo desenham o sol que Deus chega a se censurar por não tê-lo feito assim como está na tela. Existem mãos que modelam as ondas como elas deveriam ter sido moldadas desde o primeiro dia do mundo. Existem mãos que dão às estrelas tal brilho que quem as vê deixa por um instante a sala onde a pintura está, vai à sacada e, quando volta a olhar a tela, diz: "Esta aqui é muito mais estrela." Existem mãos assim, abençoadas mãos que a serviço da beleza fazem prodígios. Mas não esperem que elas sejam vistas ajudando um cego a atravessar a rua.
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