terça-feira, 14 de fevereiro de 2012
Quantos são tantos?
Um ovo, dois ovos, três, quatro, cinco, seis ou sete? Com quantos, acham vocês, se faz um bom omelete? E uma casa grande e boa se faz com quantos calhaus? E uma segura canoa se constrói com quantos paus? E quantas são as formigas que fazem um formigueiro? Me digam, minhas amigas, uma dúzia ou um milheiro? Se dois cestos são um par e cem cestos são um cento, quantas ondas tem o mar e quantos sopros o vento? E quantas trevas o escuro, e quantos raios a lua, e quantos metros o muro, e quantas casas a rua? Quantas azeitonas vêm numa pizza saborosa e quantos minutos tem um bom dedinho de prosa? Se na escola se repete que três vezes dez são trinta, como é que alguém pinta o sete sem um pincel e sem tinta? E, amigos meus e amiguinhas, respondam a esta questão: digam quantas andorinhas podem fazer um verão. Se quem conta um conto aumenta um ponto, digam a mim: quem conta cento e quarenta, aumenta quantos, enfim? Se um jardim tem suas flores e as xícaras os seus pires, digam então quantas cores são as que formam o arco-íris. E me expliquem também quantos pés tem uma centopeia e se de nove ou dez cantos se constitui uma epopeia. Se cinco gatos-pingados não são uma multidão, dois objetos empilhados não são uma coleção. Agora eu querer sabia: se em sete dias Deus fez o mundo, quantos faria numa quinzena ou num mês? E se quinze são quinzena e mil vezes mil milhão, e se vinte são vintena, três vezes três quantos são? E se cem bois são boiada e dez mais onze vinte e um, e cem búfalos manada, quanto é que é um mais nenhum? Se um semestre são seis meses e poesia não é prosa, é bom saber: doze vezes doze fazem uma grosa. Se um pássaro tem cem penas e canta admiravelmente, outro, com quarenta apenas, cantará menos contente? Se com dez fios bem finos uma aranha faz a teia, de quantos fios, meninos, precisa uma aranha e meia? Se a lua tem duas faces, e uma moeda também, quantos pés têm três alfaces e um pé quantos dedos tem? Se a estrela tem cinco pontas e tem sete vidas um gato, então façam as contas: quantas vidas tem nenhum? E se nenhum não tem nada, que será que todos têm? Se meia meia é cortada, ainda cobre o pé de alguém? Se a bota de sete léguas percorre o mundo num dia, uma tropa de sete éguas quanto tempo levaria? Se dez metros vezes cem dão mil metros, e duzentos são duas vezes cem, tem quantos centos quatrocentos? Se o gato tem seu bigode e o pato tem sua pata, se tem cavanhaque o bode e tem rabo o vira-lata, se a noite sucede ao dia e se o tempo depressa passa, permitam, João e Maria, que uma sugestão eu faça: já é hora de descansar, sigamos nossos caminhos. Vamos pra casa deitar e contar os carneirinhos.
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