Daqui a cinco ou a dez anos, se tantos mais me forem dados, irei à galeria e caminharei bem devagar, até chegar à entrada da livraria. Ficarei ali. Não estarei esperando por ninguém, mas os que olharem para mim não saberão que terei ido pela lembrança de uma manhã antiga, muito antiga, pelo aroma de café, por uma voz grave e pelo arrepio, em meu braço, de uns cabelos levemente molhados, como o orvalho da manhã.
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