O amor jamais revelou o nome deles. Sofreu torturas, abominações, passou a pão e água e suportou o frio da solitária. Foram dois anos, e em nenhum instante ele teve medo de morrer. Seu receio era o de, negando tanto os dois nomes, acabar por esquecê-los. Ao ser libertado, pesava vinte quilos menos e parecia um cadáver, porém os dois pelos quais ele havia se consumido o reconheceram quando ele lhes bateu à porta. Mesmo assim, um perguntou ao outro "você sabe quem é esse aí?", responderam simultaneamente que não e o mandaram ir embora, sob uma nascente tempestade.
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