Meus olhos já não te veem
Há tanto tempo que eu penso
E às vezes até repenso
Que cor os teus olhos têm.
E nesse pensar me intrigo,
E não sei se teus cabelos
(Ah, quanto tempo sem vê-los)
São mesmo da cor do trigo.
Que eu possa um dia rever-te
E novamente dizer-te,
Eu, que tenho estado mudo,
Que apesar da longa ausência
Foste sempre a minha essência,
Minha vida, meu ser, tudo.
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