Há uma palavra que ele agora só diz em voz baixa, muito baixa. Sente-se como um homem primitivo invocando uma divindade cruel. Diz a palavra e espera pelo menos dez segundos, sem sequer respirar. Só depois de ver que continua vivo ele repete a ousadia. Concentra-se, assegura-se novamente de que ninguém mais está em casa, embora viva sozinho há muitos anos, aguarda que se apague qualquer rumor por acaso esboçado na rua e então sussurra, reverente e assustado: amor.
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