(Na nota anterior, na qual me despeço do blog e dos leitores, falei da pobreza dos meus textos recentes. Agora, rasgando a cadernetinha em que estavam, encontrei mais um, que vai aqui como uma nova demonstração de como eu andava longe da literatura e de como devo desculpas ainda mais amplas àqueles que leram o blog nestes dois anos. Gostaria que esse sonetinho pudesse ser um presente de despedida, mas ele é apenas mais uma justificativa para ela. Mais uma vez, obrigado a todos. Se quiserem me desejar algo, que sejam boas leituras. Ando necessitado delas, mais do que em nenhum outro momento da vida.)
SONETINHO
Quem todo ao amor se entrega
Comete grave tolice,
Pois fazendo isso se nega
Como se não existisse.
E a quem ao amor recusa
Aquilo que o amor lhe pede
Não deve se dar escusa,
Porque também mal procede.
O amor, assim como a vida,
Tem sua própria medida,
Que deve ser respeitada.
Não lhe dê tudo, jamais,
Porque há de pedir-lhe mais,
Mas nunca o deixe sem nada.
Lembrei-me de uma frase antiga, e a uso aqui como a derradeira: desculpem a vergonha que eu passei. Abraços a todos
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