A voz do amor gorgoleja como uma galinha decapitada. No fundo da bacia ficará o sangue, que o sol da manhã amornará ainda até que a mão que há um minuto empunhava a faca vá para a cozinha preparar amorosamente o almoço, cantando uma canção que falará das bênçãos de Deus e das alegrias da vida. "Você guarda o coração para mim?", perguntará a filha de seis anos que logo, como todas as mulheres, saberá também manejar a faca.
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