sábado, 10 de março de 2012
Pequena ode ao sexo
Louvo o sexo, suas proeminências e reentrâncias, seus delírios e desmaios, suas olheiras, suas faces encovadas, suas axilas suadas, seus masoquismos e sadismos, suas algemas, seus chicotes, suas libertinagens e suas libertações. Louvo o sexo limpo, o sujo, o deslavado, o oculto, o aberto, o escancarado e o arreganhado. Louvo o sexo real e o virtual, o diurno, o noturno, o soturno, o embargado e o desbragado, o útil e o fútil, o ativo, o passivo, o interativo, o sério e o recreativo. Louvo o sexo como ele deve ser louvado, sem hipocrisia e sem mistificação. E, por ter louvado por décadas e décadas o amor sem sexo, o romântico amor que os poetas cantam, louvo agora, por justiça e por gosto, o sexo sem amor.
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