Dele, pouca coisa ficou: na sala, a foto do casamento, trinta anos antes (porque a viúva diz nunca ter estado tão bela quanto nesse dia), e a poltrona onde ele passou os últimos meses com o gato no colo. Fotos menores estão engavetadas no quarto do casal, e outras lembranças, como uma cuia de chimarrão e um cachimbo que ele usou por um ano, entre os trinta e dois e trinta e três, foram para o lixo. Mesmo a poltrona esteve ameaçada do mesmo fim, mas, expulso o gato numa noite de tempestade, ela passou a ser vista com menor implicância, principalmente depois que a viúva providenciou a troca do seu forro.
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