Coração tolo, desista,
Eu já lhe disse que não.
Jamais irei à Paulista,
Jamais à Consolação.
Jamais eu na galeria
Contemplarei as vitrines
E jamais na livraria
Folhearei os magazines.
Não, meu coração, meu tolo,
Também nem café nem bolo
Me farão entrar ali.
Mortos não comem, não bebem,
E nem convites recebem.
E eu há muito já morri.
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