Quando caiu em si e descobriu que o amor ao qual se entregara não merecia ser chamado de sublime, celestial e divino, como ele tolamente fizera, começou a organizar uma lista que chama pouco modestamente de dicionário de novos sinônimos do amor. Vai anotando num caderninho as palavras que lhe parecem dignas de figurar na obra. Talvez com medo de plágio, não deixa ninguém abrir o caderno. Depois de muito insistir, consegui ver as quatro palavras que ele já registrou na letra P (anda já adiantada a lista). São, em ordem alfabética, como convém a um dicionário: peste, piorreia, praga, pústula.
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