Do amor fui sempre cativo,
Nas suas galés remei
E enquanto eu estiver vivo
Súdito dele serei.
E , por ser ele meu rei,
Do seu jugo não me esquivo,
E me humilho e humilharei,
Sentindo-me sempre altivo.
Perguntam-me sempre se eu
Sou demente ou sou sandeu,
Pois nisso razão não há.
E eu digo, a quem perguntou,
Que, se o amor não me matou,
Nada mais me matará.
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