Que possas colher todos os dias teus versos, aqueles frutos mirrados de sempre, e acolhê-los se não com alegria, com tua falsidade mais bem encenada. São tua cara, eles. Se fossem melhores, duvidarias de tua paternidade. Fala continuamente com eles e, ao juntá-los no arquivo aos irmãos, elogia-os, como se todos pertencessem à mais ilustre das linhagens. Se não fizeres isso, quem há de fazê-lo? E jamais os deixes perto de versos de Dante, Pessoa, Wislawa Szymborska. Poupa-os do constrangimento. São teus filhos, lembra-te.
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