Sempre que chega a noite, ele acende as luzes da sala, abre a porta e deixa entrar as borboletas. Elas ficarão esvoaçando em torno das lâmpadas enquanto tiverem forças. Ele sabe que ali dentro elas, como as outras que ali já entraram, não sobreviverão mais que um dia. Mas inveja, e observa fascinado, a intensidade que elas vivem agora, a embriaguez insana, a vertigem. Ele também viveu isso, um dia só, ele também morreu por esse momento, buscando a luz e a chama do amor.
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