Teve finalmente coragem de pousar o braço no ombro dela e sentiu outra vez, como tantos anos antes, a certeza de que não há pior inimigo para o homem do que o tempo. Sabia que não havia eternidade e que sua mão acabaria precisando se afastar daquele ombro, assim como precisara soltar, quando menino, a borboleta que por uns instantes ele julgara o mais precioso dos tesouros do mundo.
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