Livrou-se de todos os vícios que teve. Sabe que a primeira providência contra eles é admiti-los, antes de começar a combatê-los. Fez isso com o cigarro e o álcool. Fez isso com o amor, várias vezes, e em todas também foi bem-sucedido. Mas sempre acaba, no caso do amor, vencido por uma força maior, embriagadora como uma droga: o vício da recaída. Agrada-lhe recair, ir recaindo aos poucos, negando que recai, não admitindo, ofendendo-se com quem sugere isso, e recair mais, mais, até recair inteira e gostosamente, como se estivesse caindo pela primeira vez.
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