Já te mandei apelos de amor desesperados, brados aflitos do coração. Já te pedi tantas coisas, já te censurei por tantas recusas. É hora, eu penso, de pelo menos simular que o amor pode ser aquietado, pode encolher-se um pouco, ou bastante, e até fingir-se de morto, para que sua ansiedade não o faça tornar-se tão importuno quanto aquele vendedor tocando diariamente a campainha para apregoar sempre e sempre o mesmo produto e suas incomparáveis propriedades.
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